Em São Paulo há um programa de recuperação de conjuntos habitacionais degradados, construídos sob o modelo Cingapura. Esses conjuntos nunca tiveram o terreno regularizado, o que é apontado como uma das principais causas de sua degradação e da ocupação de suas áreas livres originais. O programa prevê a regularização fundiária e a recuperação da estrutura física dos edifícios e áreas condominiais.

Os projetos, desenvolvidos para dois conjuntos próximos, concentraram-se no reordenamento urbanístico e fundiário para sua adequação à legislação atual, parcelando os conjuntos em condomínios menores, onde a gestão dos espaços tende a ser menos conflituosa.

CONJUNTO VILA MARIA PARQUE NOVO MUNDO

O conjunto de 620 unidades foi dividido em três condomínios menores; em cada um deles foram definidas as novas áreas condominiais, acessos, abrigos e estacionamento.

A irregularidade fundiária do conjunto e de seus 620 apartamentos, isolados pela ausência da pavimentação das vias de acesso, levou à deterioração dos edifícios e à ocupação das áreas livres por construções em madeira. O número elevado de moradores e a falta de manutenção condominial compromete a infraestrutura instalada e a segurança da população, pois além da inconstância dos serviços de água, esgoto e luz, há o risco de acidentes devido às inúmeras ligações não previstas originalmente.

CONJUNTO VILA MARIA NOVA TIETÊ

Para a regularização fundiária do conjunto é necessário recuperar as áreas condominiais e garantir atendimento das unidades comerciais informalmente estabelecidas em suas divisas.

O conjunto ocupa uma quadra no miolo do bairro. A elevada densidade demográfica, em área monofuncional, provoca a demanda por pequenos comércios, que se instalaram informalmente no conjunto. Os conflitos entre essas unidades comerciais, as garagens e as áreas livres condominiais contribuíram para o comprometimento da infraestrutura originalmente instalada e para a apropriação inadequada das áreas de uso comum.